Tenho sido confrontada, há já alguns meses, com a situação extraordinária de mães que não querem libertar os filhos do seu cordão. Como se dissessem e impusessem aos filhos e aos outros que “isto é meu, só meu, é meu até ao fim!!!”.
Ora, os filhos não são propriedade dos pais e muito menos só das mães… Aquelas de nós que acham que têm de monitorizar, comandar e mandar nos filhos até ao momento da sua morte, não! Larguem os filhos, “soltem os prisioneiros” …
A função de mãe é, para além de parideira, porque graças a Deus ainda não há outra modalidade, de educadora, porto de abrigo, orientadora, conselheira, medianeira, auxiliadora, portanto TRABALHO!
O problema das nossas famílias é que deixamos de saber educar. Educamos para o ter nunca para o ser e, por isso, acabamos no ridículo de achar que sem nós eles não são nada. Senão vejamos (olhem que eu lido isto todos os dias):
– As mães vestem os filhos;
– As mães nunca lhes impõem tarefas e rotinas diárias obrigatórias;
– As mães estudam pelos filhos;
– As mães fazem apontamentos pelos filhos;
– As mães “defendem” os filhos incondicionalmente, tendo apenas em conta a sua versão da história;
– As mães decidem pelos filhos…
Enfim, a lista é infinita, bastante diversa, bastante deprimente e angustiante e, por isso mesmo, também me quero poupar à sua exaustiva elaboração…
Mas, o mais dramático é quando isto perdura no tempo e acontece a octogenárias com filhos sexagenários… e acontece… eu conheço…
A juventude que se eterniza até aos 60!!!
Quando entrei para a universidade um adulto de 30 era… velho!!! Agora não… há jovens de 30, 40, 50 e até 60!!! É extraordinário!!! Vê-se mesmo que a pirâmide da natalidade está invertida, os velhos não querem ser velhos e mais, comportam-se como verdadeiros adolescentes.
TPC: temos mesmo de nos reeducar a ser aquilo que realmente somos, na idade que temos, adequado à nossa condição, profissão, desempenho… É bom gostarmos de nós, porque de certeza que estamos na altura certa, no momento certo a fazer o que é mais indicado. Eduquemo-nos.